Capitulo 143 - Armadilhas para os solitários (Por Jasmim e Tato).
Jasmim: Minha primeira visão, eu tive dois dias antes de mataram meus pais, dois dias depois tudo aconteceu como tinha visto na minha visão. A dor foi tão grande que cada vez que vejo alguma coisa, e sei que nao posso ajudar, tento me convencer de que não vi o que vi. Você pode se enganar, para tentar negar o óbvio, mas cedo ou tarde o que não queremos volta a nos bater. Eu sei que é inútil negar, eu sei que é como fazer uma armadilha jogando paciência, mas dói tanto ver as tragédias que vêm que eu prefiro olhar para outro lado.
Tato: Aceitar as coisas ainda que doam é a única forma de avançar. Você sabe quantos elencos de teatro eu fiz? Sim, você sabe. E eu sempre culpava o resto que estavam acomodados, mas não, era eu quem estava errado, e só então era quando eu aceitei melhorar. Não serve de nada se enganar.
Quando você nega as coisas que doem, dói duas vezes, uma quando você nega e outra quando elas explodem em seu rosto. Nunca é triste a verdade, quem não tem é...
(Justina: remédio).
O que eu ganhei escondendo que aquilo que eu ganhei era uma bosta? Nada, nada, eu perdi, eu perdi o tempo de deixar minha família com esse cara, quando poderia ter feito algo antes.
Eu sei que é difícil, mas tem que ser corajosa e você é muito corajosa.
Não tenha medo do que vai vir, ou tenha, mas se anima para enfrentá-lo, não negá-lo, se você sabe o que vai acontecer, conte e quando a gente tem as cartas vamos ver como nós jogamos, mas é inútil fazer armadilhas no solitário.
Jasmim: Desde que eu tive a minha primeira visão poderia olhar para o outro lado, negá-la. Mas a partir daquele dia eu sabia, por mais armadilhas elas iriam estar ali me mostrando tudo o que eu não queria ver.
FONTE: TKMCA BRASIL
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